EX-PRESIDENTE DA CÂMARA DE MURIAÉ TEM PRISÃO DECRETADA

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) realizou na manhã desta terça-feira (18) a 5ª fase da Operação “Catarse” em Muriaé, que investiga uma associação criminosa suspeita de lavagem de dinheiro na Zona da Mata.

De acordo com o MPMG, foram cumpridos 18 mandados no município, sendo 1 de prisão preventiva, 6 de busca e apreensão, 5 de indisponibilidade de bens e 6 de cautela de proibição de contratação com a Administração Pública.

Segundo as investigações, o grupo é liderado por um vereador de Muriaé, que está afastado desde a 1ª fase da operação. Ele teve a prisão preventiva decretada.

Verificou-se, também, que o político já ocupou a presidência da Câmara de Muriaé e age no “sentido deliberado de ocultar e dissimular a propriedade de veículos, empresas, imóveis, máquinas, gados e dinheiro pertencentes a ele”.

Em nota, a Câmara de Muriaé esclareceu que a ação realizada esta manhã “trata-se de desdobramento da Operação Catarze, realizada em novembro de 2021, relativo a gestões anteriores do Legislativo Municipal. Ela ocorreu de forma restrita ao Setor Administrativa, onde foi recolhido um HD externo utilizado pelo MP para armazenamento dos dados que se encontravam nos computadores recolhidos em diligências anteriores”.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa do legislador citado, já que o nome dele não foi revelado. Também participaram da ação as polícias Militar (PM), Civil e a Promotoria do Patrimônio Público da cidade.

Operação ‘Catarse’
Segundo o promotor de justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Operação “Catarse” já possibilitou o cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão, inclusive contra 5 vereadores em exercício, 3 ex-vereadores, 6 postos de gasolina, 3 construtoras e 12 empresários.

Além disso, já foram bloqueados bens como um sítio, casa de luxo, mais de R$ 300 mil, carros, caminhões e outros.

Até o momento, já foram apurados 733 crimes, sendo 24 concussões, 1 corrupção passiva, 12 lavagens de dinheiro, 695 crimes de peculato, 1 delito de associação criminosa e 21 pessoas denunciadas.

Fonte: G1

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